Foram 1450 milhas em14 dias e 3 horas do arquipelago de Bijagos, na Guinea-Bissau atè Fernando de Noronha. A Ilha de Caravelas nos deixou marcas e memorias de uma Africa ainda intocada, plena e majestosa com sua natureza esplendente, mesmo saindo delà sem o bote e o motor, que misteriosamente sumiram. Dias intensos e dias leves, intensos quando uma colica renal te pega de surpresa no meio da noite, leves pelos dias de calmaria com vento e mar doce. A colica chegou na terceira noite, sem possibilidade de voltar à Africa pois o vento seria contra e la nao tem hospitais, continuamos seguindo a rota para Noronha, tomando injeçoes conta a colica renal, tentando descançar, pecado que o vento acabou, meu rim balançava como o barco,,,estava ficando louco, a colica voltando e eu tendo que dar outra injeçao...Tao se comportou muito bem, sim, rasgamos um Gennaker, uma genoa e a mestra, mas faz parte.
A chegada e a permanencia em Noronha foram iniesqueciveis, infelismente um lugar lindo e especial como aquele è uma reserva de pessoas com dinheiro e poucos brasileiro teem possibilidades de chegar la.
Saimos da Africa em 5 pessoas, um casal de 'caronistas europeus' desembarcaram em Noronha; a vida a bordo nao è facil, nao è para todos, nao è como morar em uma republica de estudantes na Europa, serve paciencia, perseverança, pois tudo muda sempre, como o tempo e as ondas, nao ha espaços para joguinhos de Big-Brother ou historias e frescurinhas. Ao atravessar o equador, oferemos o TAOzinho, modelo de madeira de 1 metro que construi ao longo destes anos de preparaçao, cheio de oferendas e mensagens de perseverança e agradecimento. Ficamos em Noronha 5 dias, Robert conseguiu 2 trabalhos por la, um na direçao do porto ajudando na comunicaçao com os veleiros gringos e outro desembarcando a mercadoria do barco que vem de Recife ganhando uma boa caixa de frutas e legumes para a traversia para Salvador. Partimos em 3+MiWa, cheios de uma nova energia, apos 4 dias de vento de bolina e muitos bordos nos aproximando da costa de Recife, o vento mudou, as ondas nos levavam docemente e uma infecçao chegou no local onde eu tinha feito as injeços contra a colica renal...toca a abrir a lesao com o bisturi para drenar e vai de antibiotico! Chegamos na terrinha da Bahia em 7 dias e 7 horas. Tao repousa em Salvador por uns dias, Laura chegando de aviao, agora em 3 finalmente, com MiWa, teremos tempo para nao escolher, nao pensar em tempo ou em o que fazer, deixamos rolar e olhamos para onde sopra o vento..... atè que TAO seguirà a viagem para ultima pernada atè Ilha Grande, Paraty e Ubatuba.
Obrigado a TAO e a todos aos 14 marinheiros que embarcaram nesta viagem !
Em sua bela ancoragem beirando a mata Atlantica, TAO também se prepara para uma serie de navegaçoes roots e repletas de ancoragens pouco usuais entre Ubatuba e Ilha Grande.
Este mes estivemos a bordo com um casal de caros amigos Mestre Joao, cara Integrale de coraçao e paternidade! Ari doce e suave como uma tatuagem e marinheira mirim JJ que navegou com frente fria, chuvinha e nada de choro, so alegria !
